quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Revolta Poética

Certa vez li Marx. Quanto despeito! Nenhum poeta deve ler nada do capitalismo! O único número que somos resumidos, já dizia Augusto do Anjos, é o de nossa sepultura!

Coisa hedionda é ver a tamanha mania que a humanidade tem de resumir o universo no infinito. Não somos apenas isso. Um amontoado de ossos, carne e pele. Nem mesmo somos apenas espírito, alma e sentimento. Um ser vivo é muito mais que isso! Ser vivo é ser Deus! Quem dera pudéssemos um dia olhar a humanidade de longe. Á! Quem dera! Aí veríamos que a verdadeira arte é feita em “pontilhismo”. Então seria perceptível, aos olhos nus, notar que cada pessoa é um pontinho de luz, feita de inúmeras cores, e que, ao o sermos olhados de longe, bem de longe mesmo, formamos um desenho, uma pintura. Na qual é retratada a figura de um ser que vulgarmente é chamado de Deus.

Cada vida existente é um universo diferente. Cada palavra sentida escrita por um universo é uma estrela nascente que aparece atrás de um sol poente. Não é difícil entender se nos desprendermos das correntes humanas que o mundo nos impõe.

- Vou abrir um parêntese aqui: (aposto minha mão direita que um comparsa meu está rindo agora, não é Luiz?) – Já disse um físico que nada desaparece apenas se transforma. E é isso mesmo! A morte não existe, o tempo não existe! Nada além de nós existe! A vida é uma mulher dona de um bordel francês, mestra no jogo de cartas! Que brinca, aos gargalhos, com todos nós... Até que um dia aprendemos toda sua metafísica... E então, deitamos numa rede feita de nuvens, com os sonhos atrás da cabeça e os pés sobrepostos num caixote velho que teimamos chamar de destino. Com os olhos abertos fitando o céu colorido com onze cores diferentes em tonalidades iguais, uniformemente misturadas.

E ainda ficamos presos às páginas amarelas desses jornais diários. Que contam mentiras das pessoas que enganam a si mesmas... Que pena!

Nenhum comentário:

Postar um comentário