quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

CÉRBERUS

Ah! Maldita arte,
Retrata em ti as desgraças
Da humanidade
Em negro, rubro, púrpura e escarlate
Pintas a natureza de teu povo infame
Hastas, gládios, escudos, e catapultas...
Acarretam as maiores cóleras humanas
Crânios, fêmur, rádios, tíbias...
Cabeças, pernas, braços, troncos...
A arte expressa isso,
Nada mais do que a desventura humana
Hum...Não sei se tenho o direito
De criticar, pois o que são os versos
Senão a própria desgraça em suas linhas?
Letras, palavras, frases
Versos, estrofes macabras...
O poeta é o assassino dos sentimentos
Enquanto a natureza mata o homem
O poeta mata a sua alma...
E a arte personifica isso sobre a tela.
Esse trio maldito, é um Cérberus,
Três cabeças, juntas numa criatura infernal
Logo a sua frente está à humanidade, em forma de criança...
E quem é o Hércules?
Quem é o ser que pode matar esse Cérberus?
Esse ser, que ainda não existe,
E espero que nunca exista,
Está na imaginação dos ignorantes!

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