terça-feira, 4 de maio de 2010

O Templo

Eu sou um sonhador, um eterno idealizador que sem muita vontade caminha pela estrada...
Hoje acordei meio assombrado por Fernando Pessoa, Álvaro de Campos na verdade. Me parece que ele está sobre minhas costas ditanto melancolicamente o meu destino...

Se serei nada ou tudo, não sei. Se caso serei alguma pessoa importante ou apenas mais uma que passa pela rua sem ser notada; se vou me reconhecer no reflexo do espelho ou não... Na verdade isso não me importa mais. Pouco me importa quem serei no futuro ou quem fui no passado e menos ainda quem sou agora! E por quê? Você deve está se perguntando, não é caro leitor? (se é que alguém lê o que escrevo). É simples, porque não sei ao certo quem sou ou o que sou, mas sinto o que minha presença representa, não posso definir em palavras ou desenhos entretanto posso sentir todo esse labirinto, essa essência...
E não me importa, não me importa nada!

Estou cansado demais para me importar! Cansado de pensar se vou parecer certo para o mundo. Cansado de me contrariar em prol de castelos de cartas...
Comecei agora a construir não um castelo e nem uma casa, mas algo muito mais além, construo agora um templo! Não é como o de Mafra mas será meu...

Um templo! Um templo de Deus? Do Demônio? Não, um templo da Revolução! Dentro dele não haverá cadeiras, pois é proibido ficar sentado, ninguém esperará um Mesias que virá pagar pelos nossos pecados e sim, todos pagarão por eles e lutarão pelo que acreditam!

O Templo da Revolução, onde nada é divino ou profano, tudo é inquietude, é transporte, é experiência!

Mas, falemos dele mais a frente... Afinal, devaneios são devaneios e ninguém tem nada haver com isso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário