domingo, 9 de maio de 2010

Pensamento Solto - Sete e Quinze



"(...)
O rio roxo e triste, ó rio morto,
O rio roxo, amargo...
Rio de vãs melancolias de Horto
Caídas do céu largo!

Rio do esquecimento tenebroso,
Amargantemente frio,
Amargantemente sepulcral, lutuoso,
Amargantemente rio!
(...)"
Fragmento de Esquecimento de Cruz e Souza - Broquéis e Faróis


Primeiramente deixo todas as minhas condulências aos literatos de nossa língua e os de todas as líguas mortas e vivas e também aos próximos poetas que irão morrer pelas Letras!

Muitos precisaram de absinto, Ópio e afins para romper os limites do impossível e escrever desvairadamente como um tresloucado e tenro poeta; já eu, não bebo! Ao invés disso, respiro o carbono das ruas cinzas de São Paulo. Desta selva asfáutica engolidora de mundos!


Estava eu na boemia e peguei-me em pensamentos exorbitantes! Estava sozinho em presença, mas, mesmo que pareça incrível, estava completamente paramentado de mim mesmo. Não me faltava nada, sequer uma partícula.


Preciso dizer que a Revolução ainda me inqueita. A cada dia que nasce sinto dentro de mim uma fera em ebulição, uma besta apocalíptica que vem anunciar o despertar de uma nova era de desmundos!


Não existe hoje apenas o Gabriel em mim, há um universo inteiramente dinâmico e pragmático (nada efêmero) que corrobora para a explosão que se aproxima!


Aguardem-me canalhas! O cantochão de dínamos profundos, que jazia na estática do nada, irá mover milhões de mundos durante esta jornada!


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