sábado, 20 de março de 2010

A TEMPESTADE

Ao morador do outro lado do rio.

Trovões, chuva e vento...

Eis-me aqui, nesta tempestade maldita

Onde minha lágrima infinita

Corre, em rios, a face e não pára; faz tempo!


A mente cria ilusões doridas,

Lembranças de um longínquo momento

Que me faz querer voltar no tempo

Para suturar as cruéis feridas!


E as portas do passado negam-me a entrada.

No epicentro das lembranças queridas,

Vago inalando a poeira da vasta estrada!


Neste caminho, não tendo mais o que desejar,

Desvendando a força em mim cravada,

Vejo, na calmaria, o quanto a tempestade me fez andar!

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