sexta-feira, 16 de abril de 2010

ODE DO PESAR

Invejo os pecados que a religião abomina.
Tenho necessidade de ser intenso.
Quero ser sol, lua, magma, estrela vespertina;
Nado na horas, brindo séculos, mergulho no mar imenso!

Invejo as ninfas que
Seduzem num olhar.
Invejo o vento frio
Que é sentido na pele descalça.

Soberano desejo de ser este vinho,
Este fermentado de uvas.
Queria ter sabor!
Alemintar a fome, regar a sede
De um alguém...

Mas, que entretanto, sou este homem
Incompleto, vazio, sem amor
Fardado a vagar pela estrada,
Testemunhar a Felicidade alheia
E acariciar os que sofrem
Sendo obrigado a esquecer
Minha própria dor...

Assim como fui esquecido
Por Deus...
Por....
Deus!

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