Ao morador do outro lado do rio.
Eis-me aqui, nesta tempestade maldita
Onde minha lágrima infinita
Corre, em rios, a face e não pára; faz tempo!
A mente cria ilusões doridas,
Lembranças de um longínquo momento
Que me faz querer voltar no tempo
Para suturar as cruéis feridas!
E as portas do passado negam-me a entrada.
No epicentro das lembranças queridas,
Vago inalando a poeira da vasta estrada!
Neste caminho, não tendo mais o que desejar,
Desvendando a força em mim cravada,
Vejo, na calmaria, o quanto a tempestade me fez andar!
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